A introdução alimentar é, sem dúvida, um momento de muita expectativa na rotina da família. Entretanto, é preciso entender que a oferta de novos alimentos depende de múltiplos fatores relacionados à criança. Podemos citar como exemplo as necessidades nutricionais do bebê, o desenvolvimento fisiológico e neuropsicomotor, além do contexto de vida. Na prática, qualquer proposta de introdução alimentar deve ser flexível e levar em consideração a realidade de cada criança.
Em geral, a introdução alimentar complementar tem início por volta dos 6 meses de vida. Nessa idade, o leite materno isoladamente não atende mais às necessidade nutricionais do bebê, que estarão aumentadas. Além disso, o trato gastro-intestinal está melhor preparado para digerir outros alimentos a partir dessa idade, e o sistema imunológico mais desenvolvido para combater eventuais infecções ou então alergias decorrentes da nova alimentação. No entanto, a idade não é o único indicador. Toda conduta deve ser individualizada, principalmente em bebês prematuros e/ou portadores de doenças crônicas. Por isso, é importante avaliar também os sinais de prontidão, ou seja, de que o bebê está apto a receber novos alimentos.
Veja também:
Estes sinais são:
Controle total do pescoço;
Capacidade de sentar sozinho ou com mínimo apoio;
Saber levar objetos a boca;
Sinal de protusão da língua diminuído;
Mostrar interesse pelos alimentos dos adultos.
Até esse momento da vida, o bebê se sentiu nutrido e satisfeito apenas pelo leite materno. Mas, a partir de agora, serão apresentados outros alimentos, o que significa uma nova experiência de cores, sabores e texturas. Por isso, o importante é iniciar o contato com a comida. A criança pode apenas brincar com o alimento ou então aceitá-lo sem dificuldades. Tenha calma e respeite o ritmo do seu filho. A família deve se permitir viver essa experiência de forma natural e sem pressão. Seja paciente.
3 possibilidades de introdução alimentar
Método tradicional: frutas raspadas ou amassadas, e papas “salgadas” de consistência mole, oferecidos em colher. Conforme o bebê vai aceitando, evolui-se a consistência, deixando pedaços maiores, até atingir a apresentação original do alimento;
Método Baby Led Weaning – BLW (em português, desmame guiado pelo bebê): nesse método, os alimentos são apresentados ao bebê em sua forma natural. Ou seja, em pedaços, tirinhas e fatias, permitindo que ele segure e leve à boca os alimentos;
Método participativo: é a mescla dos dois métodos anteriores. Na prática, consiste em oferecer alguns alimentos com colher e outros em pedaços.
Então, qual o melhor método? O que faça sentido e que esteja de acordo com a realidade da sua família. Por isso, pondere a escolha com o pediatra e/ou nutricionista.