A alimentação vegetariana na infância é uma realidade que, sem dúvida, vem se tornando mais comum nos lares em todo o mundo. Famílias que seguem uma alimentação sem carne, com toda a certeza, estenderão esse hábito a seus filhos. Os motivos dessa escolha são diversos como, por exemplo, questões culturais, filosóficas, éticas, religiosas, de saúde humana ou ambientais. No entanto também há outras situações, em que a criança simplesmente não aceita carnes, neste texto nos restringiremos a abordar o impacto da escolha desse tipo de alimentação na infância. Uma dieta vegetariana exclui TODOS os tipo de carne, inclusive frango e peixe. Porém, alimentos derivados da carne podem ser aceitos. Para fins de classificação dos tipos de dieta vegetarianas, temos os seguintes:
Ovo-lacto-vegetariana: utiliza ovos, leite e derivados em sua alimentação;
Ovo-vegetarianas: utiliza ovos na sua alimentação;
Lacto-vegetariana: utiliza leite e derivados em sua alimentação;
Vegetariana estrita: não utiliza nenhum produto de origem animal em sua alimentação. Essa classificação que popularizou o termo dieta vegana.
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A alimentação vegetariana, desde que bem planejada, pode ser instituída em qualquer ciclo da vida. Incluindo, por exemplo, gestação, lactação e infância. Afinal, essa afirmação é reconhecida por importantes entidades acadêmicas, dentre elas:
Academia Americana de Dietética;
Associação Dietética do Canadá;
Academia Americana de Pediatria;
Sociedade Italiana de Nutrição Humana;
Conselho Regional de Nutrição da 3a região (no Brasil).
As dietas vegetarianas são capazes de garantir todos os nutrientes necessários ao crescimento e desenvolvimento saudável do bebê. A exceção é a vitamina B12 na dieta vegetariana restrita, que deverá ser suplementado.
Os cuidados e acompanhamento da criança vegetariana são os mesmos das crianças que ingerem carne. Ou seja, temos a mesma frequência de avaliações médicas, assim como exames laboratoriais e uso de outras suplementações.
Contudo, é importante que o acompanhamento de crianças que seguem uma dieta vegetariana seja feito por profissionais capacitados a atender esse tipo de paciente, e assim haja a adequada avaliação metabólica-nutricional.
Estudos comprovam que o vegetarianismo, principalmente as dietas vegetarianas estritas (veganas), estão relacionadas a menor risco de doenças crônicas. Dentre elas obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes e câncer na fase adulta de vida.